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Lisboa: 5 teatros onde a arquitetura é um espetáculo

Data da Publicação web.oliveiraimoveis@gmail.com em 27 de maio de 2014
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1. Teatro Nacional D. Maria II

Chegados à Praça do Rossio, é impossível não dar conta da imponência deste teatro neoclássico. Este simbólico equipamento cultural foi construído entre 1842 e 1846, abrindo portas a 13 de abril, data de aniversário da rainha à qual deve o nome. Foi construído sobre os escombros do Palácio dos Estaús, antiga sede da Inquisição destruída por um incêndio, segundo um projeto do arquiteto italiano Fortunato Lodi. Em 1964, o Teatro Nacional foi palco de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. O edifício que hoje conhecemos, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só reabriu as suas portas em 1978.

2. Teatro Nacional de São Carlos

Foi construído após a maior Ópera da Europa, situada em Lisboa, ter sido destruída pelo terramoto de 1755. O Teatro Nacional de São Carlos foi inaugurado a 30 de junho de 1793 mantendo-se, ainda atualmente, como o único teatro nacional vocacionado para a produção e apresentação de ópera e de música coral/sinfónica. Este edifício de características neoclássicas e de inspiração setecentista e italiana, foi classificado como imóvel de interesse público em 1928 e Monumento Nacional em 1996. É “casa” de um coro e de uma orquestra sinfónica. O interior está decorado ao estilo rococó, enquanto que o exterior faz lembrar o célebre La Scala de Milão.

3. Teatro da Trindade/Inatel

Mandado construir em 1867, pelo escritor e dramaturgo Francisco Faria de Lacerda, este teatro foi ocupar o local onde existiam alguns casebres e pátios, bem como as ruínas do Palácio dos Condes de Alva, destruído (adivinhem!) pelo terramoto de 1755. O projeto de arquitetura de Miguel Evaristo de Lima Pinto manteve algumas características do estilo pombalino: a volumetria, as janelas de sacada, os cunhais de cantaria. Mas foram-lhe somados detalhes do neoclassicismo italianizante então em voga. O teatro tem três fachadas decoradas com medalhões de diferentes musas e de vultos da literatura nacional. A decoração interior era em ouro, branco e carmim. Porém, em 1967, já nas mãos da FNAT (atual Fundação INATEL), foram realizadas obras de remodelação e assumiu-se uma decoração em azul e ouro.

4. São Luiz Teatro Municipal

Foi inaugurado em maio de 1894, com o nome de Teatro Dona Amélia, à época rainha de Portugal. A ideia da sua construção partiu do ator Guilherme da Silveira mas o projeto foi feito pelo arquiteto francês Louis Reynaud, que lhe conferiu um ar “parisiense” e cosmopolita.

Em 1910, passou a chamar-se Teatro da República. E em 1914, um incêndio destruiria totalmente o teatro, só restando um adereço ainda hoje ali exposto. Em 1916 e, também, em 1928, o teatro foi remodelado, desta feita para adaptação ao cinema e passando a chamar-se São Luiz Cine. Caindo em declínio cultural nos anos 60, este espaço só recuperou fôlego no final da década de 90, após a aquisição da Câmara Municipal de Lisboa e a consequente revitalização e ampliação finalizadas em 2002, com direito a sala-estúdio, café-concerto e restaurante.

5. Teatro Tivoli BBVA

Este espaço nasceu de uma aposta do empresário Frederico de Lima Mayer, que pretendia, à imagem das congéneres europeias, dotar Lisboa de um espaço dedicado ao culto da Sétima Arte, mas que também albergasse outro tipo de espetáculos. O Cine-Treatro Tivoli abriria as portas na Avenida da Liberdade em 1924. Ao longo dos tempos foi passando por vários proprietários/gestores e sendo alvo de renovações. Tem influências do modelo de teatro à italiana, constituído por uma plateia, frisos, dois balcões, camarotes, fosso de orquestra e palco com 24,70m de largura e 11m de profundidade. Abarca 2 pisos, uma cave e uma cobertura em cúpula. As decorações interiores, em pintura e estuque, combinam tradição e modernidade. Os pavimentos interiores são em madeira maciça e em pedra.

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